Raphaela Queiroz

Jornalista Digital. Mestre em Letras. É Diretora Criativa da #Damô e coolhunter em formação. Está em constante aprendizado.  Nostálgica, falante e curiosa. Com a Damorida, pretende informar e entreter. Divertir e incentivar a todxs!

A #Damô é um site que tem a proposta de difundir a importância da Saúde Mental.

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Ser Filha Única

Algumas pessoas pediram para eu escrever sobre como é ser filha única lá no instagram @damoridablog. Então, tentei relembrar a minha infância, para tentar recordar como foi não ter irmãos. Nasci em Santos, São Paulo, e vim para Roraima aos três anos de idade.

Minha mãe disse que na vinda, eu me perdi no Aeroporto. Ela ficou desesperada e, suspirou aliviada, ao me encontrar brincando calmamente. Sempre tive uma ligação muito forte com os meus pais e lembro das vezes que chorei ao ser deixada na creche, aos três anos, enquanto a minha mãe ia trabalhar. Recordo de ver a dor em seus olhos ao me deixar lá. Cheguei a pedir para ter irmãos algumas vezes e ela dizia que não podia ter mais filhos. Não sentia tristeza, nem melancolia por isso, só a curiosidade de ter mais alguém ali para brincar comigo. Imaginava que ter um irmão ou irmã era como ter um amigo pra sempre. 

 

 

Essa necessidade foi suprida pelas minhas primas, amigos do bairro e da escola. Sempre fui muito comunicativa e tinha facilidade para fazer novas amizades. Com a maturidade e depois de ser mãe, eu entendo que a nossa preocupação fica concentrada em uma pessoa, há uma proteção, um apego, pelo menos foi assim comigo. E, ao dialogar com a minha mãe, ela fala a mesma coisa, que me superprotegeu demais. Até hoje, ela cuida de mim. Acho que isso não muda se você tem um, dois ou cinco filhos. É um amor muito grande, inexplicável e visceral. Hoje eu entendo perfeitamente. 

A sociedade costuma cobrar para que tenhamos o segundo filho dois ou três anos após o primeiro, para que eles possam interagir e brincar juntos. Mas, essa decisão é muito importante e só depende do casal. Muitas vezes, as mães querem ter apenas um filho e, essa pressão social, as levam a ter culpa, dúvidas se é melhor ou não para o primogênito conviver com um irmão (ã).

Filhos dependem que os pais tenham tempo, disposição emocional e financeira. Dependem de equilíbrio e um lar estruturado. Portanto, não adianta pensar no que o outro acha que deve ser melhor, mas sim, refletir bastante se a família tem as bases necessárias para incluir um novo membro. Eu penso em gerar apenas um. Talvez, quem sabe no futuro, adotar.

O gatinho diz: “Ouça a sua mãe”. E é a mais pura verdade. A maternidade ensina a nos colocarmos no lugar do outro. Quando virei mãe, percebi que os conselhos de Mãe são preciosos. É aquele ditado: “Eu te avisei”. Mas, só quando a gente vive a experiência passamos a compreender o sentido da Maternidade.

 

Lembrem-se que filhos são para toda a vida. Não importa se você tem um ou vários, o importante é dar tempo de qualidade, na tentativa de proporcionar as bases emocionais para que eles sejam pessoas bondosas e cidadãos responsáveis.

 

E você, o que acha? Vamos dialogar?  

 

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