A história do meu parto
Há dois anos nasceu o meu pequeno. E que aventura! Consegui um tempinho aqui pra escrever um relato sobre a vinda dele ao mundo.
Aos seis meses de gestação, decidimos que o nosso bebê nasceria por meio de parto normal e começamos a nos preparar para isso. A minha médica (maravilhosa, por sinal!Amo! (:heart:)) Dra Cynthia Lins sempre me incentivou, dizendo que eu daria conta. Em meio às minhas inseguranças, que entravam em ebulição, resolvi contratar uma doula, a Camila Sales, que também é psicóloga. Sob à orientação delas e com o total apoio do meu marido, que foi (e é!) um homem incrível, fizemos exercícios de preparação, tivemos orientação, sessões de massagens e acompanhamento. Idealizamos muito o momento do parto e nos emocionávamos a cada vídeo que assistíamos de mulheres dando à luz.
Aos nove meses, aguardávamos com tranquilidade a vinda dele. Na consulta de rotina, a doutora previa que ele chegaria em uma semana. A cada dia, pensávamos: “Será que é hoje?”. No dia 21 de julho, uma sexta-feira, fui fazer o último ultrassom. Durante o exame, constatou-se que os batimentos cardíacos estavam acelerados e o médico pediu que eu falasse com a minha obstetra. Ela falou: “Vá para Unimed agora!”. Então, começou a correria. Prepara a bolsa, liga pra família, conversa com chefe.
No hospital, fui atendida pela Dra Guilhermina (muito gentil, por sinal!). Como eu estava muito gripada, tive uma febre e isso estava afetando o bebê. Fui medicada e os batimentos voltaram ao limite do normal. Ela conversou com a Dra Cynthia a todo momento e perguntou se eu gostaria de fazer um novo exame na maternidade. Decidimos que sim e foi dada a alta. Na saída, espirrei forte e a minha bolsa estourou 😂😂😂. A Dra Guilhermina disse que eu poderia esperar se quisesse o normal ou que poderia fazer a cesárea. Pensamos muito e ficamos muito inseguros. Tudo o que queríamos era o melhor para o bebê. Diante da oscilação dos batimentos cardíacos, optamos pela cesariana.
A operação foi rápida e, às 20h20, Rafael nasceu sob às mãos da Dra Lívia Moura e o acompanhamento da pediatra Marjorie Fassanaro. Após os procedimentos médicos de praxe, conheci o meu bebê.Para a nossa tristeza, não podemos ficar com ele, pois fomos avisados que ele teria que ir à Maternidade, pois teve um desconforto respiratório. Tudo o que não queríamos que acontecesse, aconteceu💔. Passamos a noite em claro, com a nossa família separada. Enquanto me recuperava da cirurgia, meu marido vigiava o nosso bebê na incubadora. Ficamos o tempo todo conversando e dando força um para o outro.
No dia seguinte, fui à Maternidade na esperança de meu filho mamar e irmos embora pra casa. O encontro com o meu marido e meu filho foram muito emocionantes. Cheguei às 08h30 e, entre idas e vindas para estar presente nas mamadas, ficávamos até às 22h.
Naquele setor, há profissionais compromissados, apesar da falta de estrutura. Passamos 6 dias muito difíceis, no sufoco, que foi aliviado graças às pessoas humanas e gentis que encontramos pelo caminho. Dentre elas, quero agradecer às boas enfermeiras, que exercem o ofício com louvor, por meio da minha amiga Márcia Cavalcante, que por coincidência, atua na UCI. Além dela, agradeço ao médico Rafael, que é plantonista lá e à Dra Marjorie que acompanhou o meu bebê. Quero ressaltar o atendimento excelente das fonoaudiólogas da ala das pedras preciosas, em especial, à Éster, que conseguiu por duas vezes que eu amamentasse. Apesar do meu esforço naquele momento, o neném não quis “pegar o meu peito”.
Depois de uma crise nervosa que tive, os médicos deram alta com o compromisso de o levarmos ao Banco de Leite. E, quero aproveitar para falar sobre o Banco e o quanto o tratamento de lá é maravilhoso. Ali encontrei amparo emocional, tratamento humano e dedicado. Lá, eu pude me deslocar do meu próprio drama, e conviver com mulheres guerreiras, que em meio às longas (e dolorosas!) sessões de retirada de leite, deram várias lições pra mim. Muitas dessas pessoas estão há 3 meses na Maternidade, com seus bebês prematuros na UTI, à espera de ganho de peso. Cada grama é uma vitória. Desejo à elas, muita saúde e força. Gratidão aos anjos que encontrei e aos que me deram apoio naquela época. Ah! Tive um final feliz, consegui amamentar o meu bebê em casa depois de muita luta e persistência.
Hoje ele está com dois anos! Como o tempo passa! Então é isso, uma parte resumida de tudo o que eu passei. Desde a gestação até agora, tenho aprendido muita coisa e buscado evoluir como pessoa. Até para ser uma mãe melhor. Espero que vocês tenham gostado do post! Bjos e tudo de bom! ❤️